Poema publicado na revista online Varal do Brasil em fevereiro de 2012.
da esperança.
são sete as esperanças que
dizem que resta depois dos trinta:
o amor cozido lento igual geleia,
a pele mais forte que aguente mais dor,
um cachorro abanando o rabo,
que descubram uma fruta nova que dê no sul,
a sedução coesa da experiência,
que os janeiros fiquem cada vez mais frios,
e o sonho de morar no sítio, mesmo
que a maioria dos suicidas more
lá.
deus, meu bom pai,
que me permita um anexo:
se ser adulto e homem for assim
banal e fácil, que me deixe nesse
limbo intermediário entre
uma idade e outra.